segunda-feira, 29 de abril de 2013

Cientista - A Ciência e o Islã. A herança da Ciência Árabe, Parte 3.

No livro em que expõe o Sistema Heliocêntrico Nicolau Copérnico cita as tabelas e os cálculos astronômicos muito precisos do astrônomo árabe Al Battani (Veja o retrato ao lado).

Al Battani, nascido em 858 DC, no sul da atual Turquia, foi um astrônomo e matemático que se destacou pelo cuidado e precisão de suas tabelas astronômicas que seriam superadas somente por Tycho Brahe séculos mais tarde.

Estamos assistindo a série da BBC intitulada "A Ciência e o Islã". Nela O físico Jim Al-Khalili viaja pela Síria, Irã, Tunísia e Espanha para contar a história do grande avanço científico no conhecimento que ocorreu no mundo islâmico entre os séculos VIII e XIV. Você pode assistir ao primeiro segmento da série clicando aqui e ao segundo segmento aqui.

Neste terceiro e último segmento da série, Al-Khalili vira detetive, procurando pistas que mostrem como a revolução científica que ocorreu na Europa nos séculos XVI e XVII teve por base o mundo medieval islâmico. Ele viaja pelo Irã, Síria e Egito para descobrir os grandes avanços na astronomia feitos por estudiosos islâmicos, decorrentes de sua obsessão pela matemática. 

Depois, visita a Itália para ver como as ideias islâmicas permearam no Ocidente e acabaram ajudando a moldar o trabalho de Copérnico, e investiga por que o mundo islâmico pareceu declinar após os séculos XVI e XVII, para ressurgir apenas nos dias atuais.




Interessante o comentário que se faz sobre os astrônomos Ibn Al Haythan (Alhazen, na forma latina do seu nome) e Al Tuzi, ambos nascidos no Irã. Alhazen foi um dos primeiros a questionar o modelo cosmológico de Ptolomeu.

Ele tomou uma posição que chamamos realista. A mesma posição filosófica assumida mais tarde, na Europa, por Copérnico e Galileu. Esses estudiosos alegavam que nossos modelos científicos descrevem a realidade e não apenas "salvam as aparências" como alegavam os aristotélicos. 








As imagens são da BBC.


A série da BBC "A Ciência e o Islã" está disponível, com legendas em Português, no Canal Science, no YouTube.



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cientista - A Ciência e o Islã. A herança da Ciência Árabe, Parte 2,

Entre os anos de  760 a 1270 DC a dinastia Abássida governou, desde Bagdá, um império maior que o Império Romano: O Império Árabe. Veja o mapa abaixo.

O governo dos Abássidas manteve um imenso programa de coleta e tradução para o árabe de todo documento científico e filosófico que os emissários do governo conseguissem obter. Grande parte desse conhecimento acumulado chegou até nós.

Contribuições em Medicina de sábios como Avicena e Galeno. Assim como as contribuições em álgebra e aritmética do matemático Al Khawarizmi (veja o retrato no topo da página).

Estamos assistindo ao documentário da BBC, "A ciência e o Islã". A primeira parte, "A Linguagem da Ciência", você pode assistir aqui. Veremos a seguir o segundo episódio da série.


No segundo episódio, "O Império da Razão", o físico Al-Khalili viaja para o norte da Síria para descobrir como, há mil anos, o grande matemático e astrônomo Al-Biruni estimou o tamanho da Terra. Ele descobre como os estudiosos islâmicos ajudaram a transformar as práticas mágicas e ocultas da alquimia na química moderna.

No Cairo, ele conta a história do extraordinário físico Ibn al-Haytham, que ajudou a estabelecer a moderna ciência da óptica e provou um dos mais fundamentais princípios da Física - que a luz viaja em linha reta.




Para assistir ao terceiro e último episódio da série "A Ciência e o Islã" clique aqui.





As imagens são da BBC.


A série da BBC "A Ciência e o Islã" está disponível, com legendas em Português, no Canal Science, no YouTube.



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cientista - A Ciência e o Islã. A herança da Ciência Árabe, Parte 1.

A ciência moderna nasceu na Europa mas não é devida somente aos Europeus. Na verdade a ciência é fruto do encontro de culturas que se deu na Europa no final da Idade Média.

Uma das mais importantes contribuições foi dada pela cultura muçulmana. Os árabes são reconhecidos desde a muito tempo como transmissores dos conhecimentos científicos e filosóficos das antigas culturas grega, indu e chinesa.

No entanto, eles foram muito mais que apenas transmissores e comentadores. Eles foram também criadores de ciência e filosofia. 

O império árabe teve a sua fase áurea entre os séculos IX e XII. A contribuição árabe começa com o "Programa de Tradução" criado pelo califa Abdul Marik, visto no retrato acima, no século VIII. O programa consistiu num imenso esforço para coletar e traduzir para o árabe todo documento científico ou filosófico que os enviados dos califas pudessem encontrar.

Toda essa documentação foi armazenada em Centros de Estudos de cidades como Bagdá, Damasco, Cairo e Córdoba, na península ibérica. Da península ibérica toda essa cultura é espalhada pela Europa levada, entre outros, pelos frades franciscanos. Veja no mapa abaixo o Império criado pelos árabes.


Apresentamos e seguir, em três segmentos, a série de 2009 da BBC sobre a contribuição dos árabes chamada "A ciência e o Islã". Nela o físico Jim Al-Khalili viaja pela Síria, Irã, Tunísia e Espanha para contar a história do grande avanço científico no conhecimento que ocorreu no mundo islâmico entre os séculos VIII e XIV.

Neste primeiro segmento fala-se sobre as contribuições em álgebra  e aritmética do matemático Al Khawarizmi. A ele devemos os algarismos indo-arábicos que usamos. Fala-se também das traduções dos trabalhos do médico grego Galeno e da compilação do conhecimento médico árabe, grego, chines e indu feita pelo médico Ibn Sina (Avicena), de 1025. 





Para assistir ao segundo segmento da série "A Ciência e o Islã" clique aqui.





As imagens são da BBC.


A série da BBC "A Ciência e o Islã" está disponível, com legendas em Português, no Canal Science, no YouTube.



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Exemplo - O pêndulo.

O pêndulo consiste basicamente de um objeto que oscila em torno de um ponto fixo. Veja a fotografia ao lado. O movimento pendular tem uma grande importância na história da Física.

Um dos primeiros cientistas a estuda-lo foi Galileu Galilei. Ele observou que, para oscilações de pequena amplitude, o movimento do pêndulo é periódico, isto é, o corpo fixado na extremidade da haste retorna para a posição de onde partiu em intervalos de tempo iguais.

Além disso, Galileu observou também que o comprimento da haste é proporcional ao quadrado do período de oscilação.

Galileu logo percebe que a  periodicidade da oscilação dos pêndulos poderia ser usada na construção de relógios. Em em 1657, Christiaan Huygens, físico holandês, aperfeiçoa a teoria de Galileu e dá inicio a construção de relógios com precisão suficiente para marcar minutos e segundos.

Os pêndulos também podem ser usados para fazer arte. No vídeo a seguir você verá uma instalação construída pelo professor Richard Berg, da Universidade de Maryland. Este aparato foi construído originalmente pelo grande físico e matemático alemão Ernst March.




A instalação consiste de 15 pêndulos que são postos a oscilar ao mesmo tempo. O pêndulo de maior comprimento tem frequência de 51 Hz. Pela ordem, os outros têm frequência diminuída de 1 Hz até o último deles, com 65 Hz.

O conjunto dos pêndulos, quando vistos pela lateral, reproduzem ondas, ondas estacionarias, batimentos e movimento caótico. Mais informações sobre a instalação veja o site da Harvard Natural Science Lectures clicando aqui.







Imagem do topo de página: Visite o site o pêndulo. Uma empresa de equipamentos científicos para educação.




Informação via: Open Culture. Um site de Dan Colman sobre cultura e educação.






Vídeo disponível no canal NatSciDemos do YouTube.



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Motivação - Descrição de um evento sob diversos pontos de vista.


Quando é nossa intenção entender um evento o procedimento mais adequado é tentar conhecer a história sobre diversos pontos de vista.

Isto é verdade na vida pessoal mas também o é na vida profissional como, por exemplo, no jornalismo.

Mesmo nas ciências, como a Física, que carregam a fama da objetividade extrema esse princípio também se aplica: Procure analisar a questão sobre diversos ângulos e nunca se apegue em demasia a sua teoria favorita.

Afinal, a ciência é uma construção social e padece com os mesmos conflitos e limitações dos demais assuntos humanos.

A seguir apresentamos um vídeo de propaganda do jornal londrino The Guardian. É nossa sugestão para o  professor que tenha a intenção de abordar o assunto. Ele pode ser usado como introdução.

No vídeo o mesmo evento é filmado sob três pontos de vista. Um skinhead corre pela rua em direção a um senhor com uma maleta. Cada uma das  três secções do vídeo é filmada por uma câmera colocada em diferentes posições.




Quando o vídeo é apresentado aos alunos é interessante faze-lo com interrupções a cada etapa, dando oportunidade para que eles se  manifestem. As opiniões deles sobre a história narrada no vídeo são sempre surpreendentes.




Informação via: blog Larry Ferlazzo's websites of the day...

Imagem do topo de página: Retirada do blog Fazendo Autocrítica, de Carlos Alexandre Gomes.


O vídeo é uma produção do jornal inglês THE GUARDIAN e está disponível no canal 28tubes, no YouTube.




quinta-feira, 11 de abril de 2013

Exemplo - Terremotos, destruição e Tsunami.

A imensa energia térmica guardada no interior da Terra tem consequências importantes para a vida no nosso planeta.

A primeira dela é a manutenção da temperatura na superfície. Sem uma temperatura média suficientemente alta não haveria água no estado líquido e a vida seria improvável.

Outra consequência é a formação de um núcleo central de ferro que cria um campo magnético que nos defende da radiação vinda do espaço. Existe, porém, consequências bem desagradáveis.

A Terra é como um balão de festa. Uma fina camada sólida no exterior, a crosta terrestre, boiando sobre a parte interna composta de rocha líquida. Isto e o fato dela estar girando a uma velocidade bastante alta causa o fraturamento da crosta. Veja a figura acima. Esses pedaços, as placas tectônicas, estão em constante choque uns com os outros. 

Em alguns lugares as placas estão se afastando. Esse movimento de separação forma uma falha no solo. Veja na imagem abaixo a falha que está no fundo do oceano Atlântico entre o Brasil e a África.   




Em outros lugares as placas estão se juntando, como mostrado na imagem abaixo, formando grandes cadeias de montanhas. Em certos lugares parte dessa energia é liberada para a superfície pelos vulcões. Veja aqui.





Esta tensão entre as placas libera  grande quantidade de energia em ondas de choque que se propaga até a superfície causando os terremotos e, quando o evento ocorre sob o leito marinho, as Tsunamis.

Veja o vídeo abaixo. Uma produção de Frank Gregório que serve muito bem como introdução para uma aula sobre o assunto. 










Este e outros interessantes vídeos estão disponíveis no canal Frank Gregório, no YouTube. Todos eles têm os direitos liberados para uso educacional.





segunda-feira, 8 de abril de 2013

Exemplo - O interior da Terra, as placas tectônicas e os vulcões.

Nosso planeta foi formado pelo choque sucessivo de um sem número de planetóides, isto é, de pequenos pedaços de rocha que orbitavam o sol no início do sistema solar.

A imensa energia dessas colisões não foi dissipada, ao contrário, está guardada no interior do planeta na forma de energia térmica. A Terra, que vista do espaço mostra paz e beleza, é, na verdade, uma bola de rocha líquida coberta por uma fina camada de rocha sólida, a Crosta Terrestre. Sobre ela vivemos nós.

A Crosta é dividida e os diversos pedaços formam as placas tectônicas. Tudo o mais na Terra é um agitado oceano interior composto  de lava. Veja a figura abaixo: 


O vídeo a seguir foi montado por Frank Gregorio como uma introdução ao estudo dos Vulcões. Repare, na altura 3:35, o núcleo de ferro líquido (Inner core) origem do campo magnético da Terra que nos protege do vento solar. 

No vídeo, atenção ainda para o movimento das placas tectônicas. Veja nas figuras abaixo. A da esquerda mostra as placas se separando e a fenda que surge na superfície. Isto ocorre na fenda que atravessa o fundo do Oceano Atlântico de norte a sul em frente da costa brasileira. A imagem da direita mostra as placas se comprimindo. Isto dá origem às cadeias de montanhas como os Andes.




No encontro das placas parte dessa energia é liberada para a superfície e forma os Vulcões. Em outras ocasiões as tensões resultantes do movimento das placas são liberadas de forma violenta e dão origem aos terremotos e Tsunamis. Veja aqui.

Ao assistir o vídeo deve-se notar a música da trilha sonora. É impressionante. Veja o vídeo com o som bem alto.




Aqui estamos nós. Vivendo sobre uma fina casca entre o fogo do interior do planeta e o frio do espaço. Poderia existir vizinhança melhor?





Imagem do topo de página: Desenhosparacolorir. Um site para as crianças com desenhos para colorir.


Este e outros interessantes vídeos estão disponíveis no canal Frank Gregório, no YouTube. Todos eles têm os direitos liberados para uso educacional.





quinta-feira, 4 de abril de 2013

Exemplo - Se os planetas orbitassem a Terra a mesma distância da Lua.

Brad Goodspeed é um Blogueiro e Artista Gráfico canadense e vive na cidade de  Toronto. Ele gosta de brincar com Astronomia e, por isto, produziu o vídeo que você assistirá a seguir. No vídeo ele procura responder a seguinte pergunta: 

- Qual a aparência dos planetas se eles orbitassem a Terra a mesma distância da Lua?

Claro, em termos gravitacionais se os planetas gasosos estivessem a mesma distância da Lua seria a Terra que os orbitaria, não o contrário. Mas o vídeo quer apenas ilustrar uma ideia interessante.

No site do autor existe uma discussão sobre a exatidão das escalas adotadas. Clique aqui se desejar   saber mais. Discussão sobre escalas à parte, considero que o vídeo é bastante interessante para se usar em aula quando se quer mostrar os tamanhos relativos dos planetas.





Observação para os alunos: No vídeo os raios médios dos planetas estão registrados na notação numérica inglesa que usa a vírgula onde usamos o ponto.





O vídeo Scale é uma produção de Brad Goodspeed e está disponível no site Vimeo.





segunda-feira, 1 de abril de 2013

Exemplo - O Hotel com infinitos quartos.

O conceito de infinito sempre fascinou os pensadores e, aqui entre nós, dá dor de cabeça só de pensar nele. Grandes matemáticos trabalharam com este conceito. Homens como G. Cantor e D. Hilbert (Veja a foto ao lado).

Na Física o infinito sempre foi problemático. Um dos grandes debates, logo no início da Física moderna, no qual participaram homens como G. Bruno, Copérnico, Kepler, Newton e Leibnitz, foi o que envolveu o confronto dos conceitos de Universo finito de Aristóteles contra o de Universo infinito dos modernos.

Para os físicos "infinito" significa problemas. Os matemáticos, ao contrário adoram. Um deles, chamado David Hilbert, para ilustrar as dificuldades e as esquisitices dos conjuntos infinitos imaginou um hotel com infinitos quartos, o "Hotel Hilbert".

Acompanhe, no vídeo a seguir, um dia típico neste hotel e as esquisitices que acontecem devido ao fato do hotel possuir um número  infinito de quartos.




O vídeo que você acabou de assistir foi produzido pela equipe M3, da UNICAMP, para a Matemática Multimídia.

A seguir um outro vídeo, agora da Open University inglesa. O assunto tratado é o mesmo. Desta vez, porém, narrado com  o senso de humor  típico dos britânicos.





Portanto: CUIDADO!!! Infinito não é um número muuuuuuito grande.






Imagem do topo de página: D. Hilbert. Propriedade de Wikimedia.org


O primeiro vídeo está disponível no canal Conteúdos Digitais do YouTube.



O segundo vídeo faz parte da série "60. second adventures in thought" da Open University, de Londres.



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